Brasil empreendedor

Visitei nesta segunda-feira, 22 de fevereiro, a Feira do Empreendedor Sebrae – SP 2016 e fiquei muito impressionado com a grandeza do evento, que contava com 6 salas do conhecimento, 6 salas de capacitação, 3 salas para temas específicos (moda, sustentabilidade, startup), cinema (Cine SEBRAE), estandes e: 88 oportunidades de franquias, 60 de representações e 72 de máquinas e equipamentos.

Fica muito aparente a qualidade do SEBRAE e, a julgar pelo grande movimento do evento, a garra do povo brasileiro. Aquele dito popular: “sou brasileiro, não desisto nunca” é muito verdadeiro. Por pior que estejam as coisas, o brasileiro segue persistindo.

Há muito se discute sobre o empreendedorismo no Brasil ser uma questão de subsistência ou sobrevivência. Eu entendo que o tema abrange um espectro que vai desde o ambulante, passando pelas pequenas e familiares empresas e chegando no empresário profissional ou mesmo nas jovens startups. E mesmo se tomarmos o ambulante como exemplo, podemos ver a riqueza das suas estratégias de vendas e, na maioria dos casos, tenho certeza de que estão fazendo muito mais dinheiro do que se estivessem empregados (nos cargos pelos quais o mercado de trabalho diz serem condizentes com suas competências profissionais).

Aí #ficaadica: enquanto o emprego não vem, nada nos impede de trabalhar: por que não vender seus serviços? por que não criar sua consultoria? por que não pegar alguma representação? por que não abrir ou criar uma franquia?

Como disse meu amigo Leonardo Queiroz, em relação a Feira do Empreendedor, em um dos seus posts aqui mesmo nessa rede: “SIM eu fui. Vejo que muitas pessoas se trancam nos escritórios e ficam atrás das mesas na busca de uma ‘ideia inovadora’, pois bem, nada melhor do que ir a uma feira e ver, e por que não até sentir, o que está ‘rolando’ de novo. Até o antigo pode ser reinventado”.

Para quem deseja empreender recomendo o estudo sobre o conceito “Lean Startup” (ou startup enxuta), uma metodologia que pode contribuir em muito com o desenvolvimento de um novo empreendimento. Ela parte do princípio de que os famosos planos de negócios já não funcionam como d’antes, pois hoje as mudanças são rápidas e constantes – um plano quinquenal, por exemplo, nos tempos atuais é mera ficção científica.

A ideia é criar rapidamente um produto mínimo viável e partir logo para a validação com os clientes. O princípio é: errar o quanto antes. Daí em diante segue-se um ciclo de: 1) ajustes, melhorias; 2) validação com o cliente – até que se obtenha uma versão economicamente viável, ou seja, que tenha valor para o cliente e que satisfaça às necessidades do empreendimento.

Resumidamente: “startup enxuta é uma organização temporária feita para buscar um modelo de negócios que possa ser reproduzido e ampliado” (Steve Blank, 2013).

Mesmo com nossos governantes não fazendo a sua parte no que diz respeito a proporcionar um cenário positivo para o desenvolvimento dos negócios, o brasileiro – seja por necessidade ou pela realização de sonhos – segue empreendendo e fazendo a sua parte para o crescimento do país.

Parabéns para aqueles que se arriscam na busca dos seus sonhos.

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