Plenitude no trabalho

Plenitude é o estado daquilo que é inteiro, cheio, completo, íntegro. Portanto plenitude no trabalho é o trabalho que me completa, me preenche por inteiro, que está totalmente alinhado com meu “eu”.

Pode parecer utópico, afinal não há trabalho que não contenha seus problemas e seus momentos de desprazeres, mas acontece que aquilo que é inteiro, íntegro ou completo, carrega consigo o todo, logo tanto o bem quanto o mau, as alegrias e as tristezas, os vícios e as virtudes.

Desse modo, não há utopia alguma em se falar de um trabalho pleno, cabe sim aprendermos a lidar com os momentos bons: que servem para energizar, alegrar, comemorar, consolidar melhores práticas; e os momentos ruins: que servem para mudarmos, desenvolvermos, aprendermos com os erros, evoluirmos, inovarmos.

O sociólogo Domenico De Masi, em seu livro “Ócio Criativo”, propõe que a plenitude no trabalho acontece quando já não mais sabemos se estamos trabalhando, aprendendo ou nos divertindo. Um trabalho que permita diversão, aprendizado e produção – e principalmente quando não se percebe as linhas divisórias entre esses componentes – é para ele um trabalho pleno.

plenitude no trabalho

Muitos já vivem, ou pelo menos estão bem próximos, dessa plenitude. É o caso de professores, pesquisadores, arquitetos, programadores – todos que trabalham com criação vivem nesse mundo, afinal, quantos insigths não acontecem no banho, no sonho, no ônibus – de modo que a pessoa não sabe ao certo se ela está trabalhando, se divertindo, estudando, se cuidando. O trabalho criativo é quase sempre muito divertido, principalmente nos momentos que antecedem a criação.

Não gosto de propor receitas ou fórmulas para as coisas, mas é fácil perceber que quando não estamos mais aprendendo e nem nos divertindo, talvez seja a hora de procurar por outro projeto.

—————-

Para saber mais:

Um comentário sobre “Plenitude no trabalho

Deixe um comentário