Você já jogou Business Bingo?

Quem me conhece mais de perto sabe o quanto gosto de usar o humor para aprender, discutir, construir e transmitir conhecimento. Sabe também o quão critico costumo ser com o funcionamento do “mundo organizacional”. Claro que não devemos generalizar – existem empresas e gestores excelentes -, a questão é que quando nos deparamos aquelas disfuncionais é melhor rir do que chorar.

Se você trabalha em uma empresa dessas não deixe de ler atentamente a este artigo, que apresenta a solução para suportar as improdutivas reuniões e ainda por cima galgar altas posições hierárquicas: o business bingo!

Existem duas versões do jogo, vejamos:

1 – Cada participante escolhe uma cartela que contem palavras-chave – frequentemente utilizadas no mundo corporativo:

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A medida em que as palavras vão sendo ditas durante a reunião, o participante vai marcando em sua cartela e o primeiro que completá-la ganha: Bingo!

2 – Imprima a tabela abaixo e leve para reunião. Veja como você pode montar lindas frases de impacto combinando qualquer uma das linhas: leia da esquerda para direita (coluna A para coluna D) e alterne aleatoriamente as linhas. Perceba como soam bonitas as frases. Com toda certeza você fará grande sucesso na reunião.

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É impressionante a quantidade de empresas e de profissionais que praticam esses eloquentes discursos que, quanto tentamos traduzi-los, logo percebemos que pouco ou nada nos dizem.

Como já disse antes: são muitos relatórios, gráficos, planilhas, PowerPoints, jargões – mas o que importa mesmo é o que fazemos com essas informações: quais ações, quais medidas tomamos: muitas vezes o menos vale mais!

Conversas sobre carreira e desenvolvimento

Nesta semana assessorei um profissional na sua candidatura à um recrutamento interno – uma nova posição gerencial que abriu em sua companhia. Foi um trabalho bem interessante: estava diante de um bom profissional, montamos uma boa estratégia de apresentação e ainda me inspirou a escrever este artigo.

O fato é que achei interessante reforçar a importância das conversas sobre carreira, principalmente com aqueles que possuem maior poder de influência sobre ela, por exemplo: chefe, cônjuge, pais, professores, empreendedores e especialistas em carreira.

#1Dica: mapeie as pessoas mais influentes em sua rede.

Cada uma dessas pessoas desempenham um papel diferente em nossas vidas, portanto, a conversa deve ser distinta uma das outras, isso porquê: o 1) grau de intimidade, liberdade, dependência, concorrência; 2) interesses, divergências e congruências com seus objetivos – variam de acordo com cada papel.

Todas as pessoas são importantes, cada qual em um aspecto: um pai quererá apenas o seu melhor, mas baseará a conversa segundo suas experiências; o cônjuge poderá se preocupar com a segurança e estabilidade da família; o chefe carregará consigo seus interesses e os da organização, porém é quem fornece maior influência.

#2Dica: prepare-se para cada conversa.

Portanto, reflita sobre os interesses e poder de influência de cada conselheiro e defina seu objetivo para a conversa sobre carreira.

A primeira coisa que pergunto quando um profissional almeja outro cargo dentro da sua organização é: Seu chefe está sabendo? Primeiro: se ele estiver apoiando, suas chances serão absurdamente maiores: não há nada melhor do que o endosso do chefe imediato; segundo: é sinal de que vocês têm uma boa relação e que conversam sobre carreira.

#3Dica: se você é gestor, provoque conversas sobre carreira com sua equipe.

É obrigação do chefe manter conversas sobre carreira com seus subordinados. As empresas buscam muito o engajamento – querem profissionais profundamente envolvidos, comprometidos, felizes e produtivos – enquanto os meus objetivos de carreira e de vida forem congruentes com os objetivos da organização em que trabalho, seguirei engajado, portanto, é obrigação do gestor procurar atender (o máximo possível – afinal não é fácil!) a este alinhamento.

#3bDica: se você tem um gestor, provoque conversas sobre carreira com seus superiores.

O contrário também é verdadeiro, ou seja, todo profissional deve procurar se informar sobre o seu desempenho e desenvolvimento, consultando sua chefia ou mesmos outros membros da diretoria, e sobre suas possibilidades e caminhos para sua ascensão.

Peço permissão para terminar este artigo “puxando a sardinha para o meu lado”, aproveitando para reforçar que, aconselhar-se com um especialista em carreira traz basicamente duas grandes vantagens: 1) Isenção total de interesses – o único interesse de um consultor de carreira é o sucesso do seu cliente, afinal, o seu sucesso é o meu sucesso; 2) Vasta experiência – um consultor de carreira carrega consigo não só suas próprias experiências, como também a experiência acumulada de seus clientes: é isso que eu mais amo na minha profissão: a possibilidade de aprender com a grande variedade de experiências dos grandes profissionais que atendo. Portanto:

#4Dica: consulte um especialista em carreira.

Sua empresa saiu no Porta dos Fundos? Episódio 7 (Final) – Inteligência Emocional

Enfim chegamos ao nosso último artigo desta série. Quem não leu (e assistiu) os outros pode acessá-los através dos links no final deste artigo.

Guardei para o último um tema que considero de extrema importância: Inteligência Emocional!

Durante muitos anos as emoções foram deixadas do lado de fora das organizações, enquanto a lógica e a razão eram muito valorizadas. Claro que lógica e razão são modelos mentais fundamentais para o mundo dos negócios: onde somente os mais fortes sobrevivem; mas o que acontece é que as empresas perceberam que é a emoção que move as pessoas.

A criação de valor para as organizações está cada vez mais relacionada ao conhecimento, a criação (inovação) e ao atendimento (prestação de serviços), deste modo, um ser-humano pensante e virtuoso passou a ser condição chave para mais valia.

O profissional hoje tem de saber lidar com: frustrações, jogo político (disputa de poder), idiossincrasias, alta competitividade e até mesmo com o sucesso (evitando os perigos da ambição desmedida, da arrogância e da prepotência). Ufa! Muita coisa, não?

Mas vamos aos vídeos:

O Porta do Fundos fez um vídeo ironizando o “sistema” de atendimento do Spoleto. Neste vídeo podemos ver um atendente completamente impaciente, mais especificamente intolerante.

Bem, esse vídeo não pegou muito bem para o Spoleto, no entanto, eles conseguiram dar a volta por cima. Não sei exatamente de quem partiu a iniciativa e nem as razões que os motivaram a fazer um segundo vídeo, que funcionou como uma retratação, revertendo assim a sua imagem.

Mas o mais importante acontece em relação ao nosso tema: Inteligência Emocional. O vídeo mostra claramente a necessidade e a dificuldade de controlarmos nossos impulsos.

Inteligência emocional, segundo Daniel Goleman é a gestão dos relacionamentos para causar impacto positivo nas pessoas. E para se gerir os relacionamentos são necessários: autoconsciência (ou autoconhecimento), autogestão (ou autocontrole) e consciência social (empatia) –  coisas que claramente a personagem não possuía!

Com este artigo me despeço dessa série – a menos que identifique outros novos vídeos com algum fundo de aprendizado profissional/organizacional.

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Emoticons e o Homem de Neandertal

Em meio a tanta evolução tecnológica voltamos a nos comunicar por sinais! Antes de dominarmos a escrita usávamos desenhos, símbolos e sinais para nos comunicar, agora que temos grande domínio da comunicação escrita voltamos a usar símbolos?

Deixo no Facebook e nas minhas mensagens do WhatsApp “pinturas” indicando o que estou fazendo no momento, ícones indicando meu estado emocional e imagens que confirmam minhas preferências.

Enfeito as paredes dos meus blogs e fan pages, do mesmo modo que o homem primitivo escrevia nas páginas de sua caverna.

Esses ícones, imagens, “pinturas” são conhecidos como emoticons. Eles dominaram a comunicação nos meios eletrônicos. Emoticon é uma junção das palavras emotion e icon, portanto trata-se de um ícone de emoção, nascido da nossa necessidade de expressar emoções.

Tudo começou no e-mail com ; – ) :-() :- ( rapidamente entendidos pelos programadores que transformaram em:

Depois, com o advento dos programas de comunicação, como icq, Messenger e WhatsApp, a coisa ganhou maior profissionalismo, chegando a seu auge com os emoticon e emoji que conhecemos hoje.

Os amantes da literatura podem dizer que os grandes autores sempre conseguiram imprimir suas emoções usando apenas palavras – daquelas aveludadas, aladas ou mesmos aflitas, sombrias: concordo! lindo! Mas, como passar emoção com palavras se não com o uso de metáforas? E o que é uma metáfora se não uma figura de linguagem.

Mas não pretendo propor uma comparação entre a literatura e a linguagem coloquial da internet, mas sim saudar a transformação da comunicação que, como qualidades: vejo a praticidade e acessibilidade, e como defeito: os problemas com a interpretação e o anacronismo.

Quero alertar para o fato de que a “regra” é a mesma, independente se a comunicação se der por palavras (oral ou escrita) ou com emoticons: o emissor codifica a mensagem e o receptor terá que decodificá-la, transmitindo o sentido ou o significado desejado pelo emissor. Portanto, se é verdade que uma imagem vale mais do que mil palavras, também é verdade que mil palavras geram mais significados do que uma.


Artigo originalmente publicado no Olhar Digital