4 Erros Fatais na Carreira

Depois de mais de 40 anos assessorando profissionais no desenvolvimento de suas carreiras, selecionamos os 4 erros mais perigosos que um profissional pode cometer.

Arrogância

Da nossa lista, esse é o erro mais recorrente. O problema do arrogante é que ele toma para si todo o mérito do sucesso, minando com o espírito de equipe. É impossível creditar qualquer sucesso à um individuo. Os ingredientes do sucesso são diversos e suas combinações infinitas (mercado, produto, equipe). Por mais que o gestor seja o responsável pela receita, é a qualidade dos ingredientes e as mãos do cozinheiro e seus assistentes, que fazem a mágica acontecer.

Outro problema grave gerado pela arrogância é a incapacidade de aprendizado, afinal, quem já sabe tudo não tem mais nada para aprender, não é mesmo?!

Ambição desmedida

Passar por cima dos outros, pisar no outro para subir ou querer tudo para si nunca foi um comportamento apreciado, mas hoje isso é inaceitável, afinal, o trabalho em equipe nunca foi tão importante como nos tempos atuais.

A ambição em pequenas doses é um bom movente do comportamento humano. É preciso um mínimo de “querer” que nos faça crescer para não incorrer no 3º erro da nossa lista:

Zona de conforto

Encontrar remanso é o que buscamos – e devemos mesmo buscar. O problema é saber o ponto em que extrapolamos o conforto necessário à nossa existência ou a paz tão procurada e deixamos de atentar para as mudanças e seus novos desafios.

O problema é estagnar. Muitos me perguntam se é ruim ficar muito tempo em um mesmo cargo. A resposta é: depende. Podemos ficar uma vida toda em um mesmo cargo, desde que a complexidade, a responsabilidade ou os desafios venham aumentando ao longo do tempo. Um gerente comercial, por exemplo, pode ser gerente comercial de uma mesma empresa por mais de 20 anos, desde que seu volume de vendas ou o tamanho de sua equipe ou a carteira de produtos ou a carteira de clientes, enfim, venha aumentando com o passar dos anos.

Para não cair na armadilha da zona de conforto é recomendada uma avaliação periódica da sua evolução (intelectual, cultural, profissional, social). Temos um questionário muito interessante que pode ajudar a quem deseja refletir sobre o tema.

Instabilidade

Ficar pulando de empresa para empresa é um erro que acaba por manchar o currículo. O raciocínio do selecionar é bastante simples e objetivo: “esse profissional ou ainda não se encontrou ou é incompetente ou é causador de problemas”. No caso da incompetência é necessário buscar aprender (estudar, treinar e mudar comportamentos), no caso de ser um causador de problemas, é necessário refletir se não está cometendo os erros da arrogância, ambição desmedida ou as causas de problemas de relacionamento.

Se o caso for o de ainda não ter se encontrado, então é necessário muita autorreflexão para compreender suas preferências, dons, talentos, defeitos – para ser mais assertivo com o próximo emprego.

Existem também os aventureiros. Aqueles movidos a desafios, a adrenalina, ou de interesses diversos. Para esses um trabalho na área de consultoria, pesquisa, ou docência pode proporcionar altos desafios e grande diversidade de assuntos.

Conclusão

A receita mais prática que podemos dar é:

  • Cuidado com os excessos. Nossos defeitos nada mais são do que o uso excessivo de nossas qualidades.
  • Tenha um mentor. É sempre bom poder contar com pessoas que estão níveis acima para nos orientar ou pelo menos compartilhar sua visão da situação. Algo como um mestre, um coach, um consultor, um pai, um irmão.

O cultivo nas empresas

Falar de cultura é muito difícil, pois parece um termo bastante abstrato. É interessante como compreendemos o tema, pois vivemos a cultura no dia a dia, mas temos muita dificuldade para defini-la ou explicá-la.

A importância do tema reside no fato de que é a cultura que norteia o comportamento humano, afinal, cultura pode ser definida como o conjunto de crenças, conhecimentos, valores, costumes e padrões comportamentais que distinguem um grupo social.

Desse modo, a cultura tem o poder de dirigir meu comportamento a favor da sociedade (do grupo) e ainda por cima me fazer gostar disso (ela me controla e faz sentir-me bem ao ser controlado). Saber dos costumes e dos padrões de comportamento aceitáveis, me deixa menos ansioso, pois posso prever o que é esperado de mim. E se eu compartilhar desses costumes e concordar com os comportamentos “impostos”, me sentirei parte do grupo. Logo, a cultura tem a “função” de controlar a ansiedade e gerar pertencimento.

Além do mais a cultura nos demonstra, na prática (o que a filosofia oriental há muito já ensina), que tudo é ao mesmo tempo a parte e o todo: somos influenciados pela cultura ao mesmo tempo em que somos seus criadores. Somos a própria cultura, afinal qualquer indivíduo do grupo é capaz de refleti-la, e ao mesmo tempo somos apenas uma pequena parte do conjunto que forma essa cultura.

Por perceberem o poder que a cultura tem ao guiar o comportamento e gerar pertencimento, as organizações e a administração começaram a se preocupar e estudar o tema, e hoje muito se tem falado sobre: criar uma forte cultura, mudar uma cultura, reforçar uma cultura.

Tudo isso é muito válido e muito bem-vindo, e é preciso cuidado. Afinal, não existe cultura boa ou ruim, melhor ou pior. Tudo é muito relativo e dependente dos mais diversos fatores, afinal uma cultura organizacional está inserida em um mercado regional, que está inserido em um mercado nacional que por sua vez insere-se em um mercado global. Aspectos como tecnologia, por exemplo, interferem diretamente na maneira como nos relacionamos com os outros e na maneira como realizamos o trabalho.

Mais uma lição da filosofia oriental a cultura nos presenteia: nem tudo é cem por cento bom ou ruim, pois tudo tem seus “prós e contras”. Reforçar uma cultura ou criar uma cultura forte pode gerar grande orientação de comportamento e senso de pertencimento – trazendo grandes resultados, mas por outro lado pode criar um ambiente avesso às mudanças, o que não é nada bom em tempos de revolução tecnológica e globalização. Uma cultura forte é cheia de paradigmas. As crenças podem estar tão enraizadas que sequer são questionadas. E aqueles que tentam questionar são considerados transgressores. Lembre-se de aquele que falou de amor em tempos de escravidão, conquistas territoriais e sobrepujança, foi crucificado.

O que se fala hoje então é da criação de uma cultura de inovação. O que com certeza é uma boa estratégia e muitas empresas construíram essa cultura ao longo do tempo, principalmente as empresas com departamento e recursos de P&D (pesquisa e desenvolvimento) e aquelas de inovações em TI (tecnologia da informação). Mas mais uma vez peço atenção aos excessos e aos “contras” desse posicionamento, pois este pode gerar grande dificuldade de padronização e produção em larga escala.

Quero deixar claro que não estou julgando nenhuma das formas com as quais as organizações e a administração vêm tratando o assunto. Estamos todos aprendendo, é tudo muito novo – até pouco tempo atrás nossa preocupação era apenas com o cronômetro.

Grtner arbeitet in einem Gewchshaus mit Blumen // Gardener works in a greenhouse with flowers

Entendo e respeito os esforços despendidos, afinal a própria origem da palavra “cultura” em latim significa o “cultivo de plantas”, desse modo cuidar da cultura organizacional é como cuidar de uma horta ou um jardim – é só não deixar faltar água, adubo e sol, cuidar das moléstias e das plantas invasoras (tudo com muito amor e carinho) e com a certeza de que colhemos aquilo que plantamos.

Para os Generais

Este é o último artigo de uma série que trata da situação atual do mercado de trabalho, onde procurei abarcar todos os possíveis papéis desempenhados pelos profissionais, quais sejam: poupado – aquele que sobreviveu aos cortes; demitido – aquele que sofreu sobremaneira o impacto da crise; demissor – a quem coube a tarefa de efetuar o desligamento (e até de escolher a quem desligar) e por fim, apresento agora o grande responsável: O General.

Pego emprestado o nome dado ao mais alto posto da hierarquia militar por acreditar que este é o que melhor representa o que desejo aqui passar. Quero deixar bem claro que o grande culpado pelas demissões é, sempre, a patente mais alta da organização.

Posso falar isso sem medo, afinal, é nobre o General que assume a responsabilidade. Não só dos seus atos, como também os dos membros de sua equipe. Não tem essa “conversa de que não sabia de nada”, afinal, é sua obrigação saber de tudo. Não tem esse “papo de que fulano fez isso ou aquilo” – função dele acompanhar de perto o andamento dos trabalhos. Não tem essa “história de ser pego de surpresa com intemperes, reveses, vicissitudes de mercado” – é obrigação prever os cenários possíveis.

Também entendo propício aludir o mercado de trabalho com a guerra, pois a competição entre as empresas representa de fato uma grande batalha, com direito a: guerra de preços, dumping, alianças, lobby, traições, espionagens, boicotes.

Quem está à frente dos negócios está verdadeiramente lutando pelo dinheiro dos consumidores e, se adotou uma estratégia desastrada, deve o quanto antes repensar os planos, reposicionar seus recursos, erguer a cabeça e trabalhar dobrado para reverter o processo e poupar a maior quantidade de vidas possível.

Infelizmente para eles não cabe desculpa, não cabe perdão – é preciso mais uma vitória, outra grande conquista, um novo triunfo – seja em outro exército, com os remanescentes ou até mesmo outro pelotão.

Ó belicoso General,

Sempre à frente de seu pelotão.

Espada desembainhada na mão

E espesso escudo no coração

Ó sabedor do peso de decisões

O preço mais caro – a vida

Do inimigo, crédito

Dos seus, débito

A sua, justo

Para os que sujaram as mãos de sangue

Os dois últimos artigos (de uma série de 4), trataram, respectivamente, as emoções vividas por aqueles que viram seus colegas serem desligados – em “Para os que ficaram”; e as emoções e tarefas a serem realizadas por aqueles que foram desligados – em “Para os que foram”.

Agora é a hora de tratar daqueles que fizeram com que as demissões acontecessem – aqueles que sujaram as mãos de sangue.

Demitir não é tarefa fácil. É uma das poucas situações em que conseguimos nos colocar fácil, e precisamente, no lugar do outro. Na verdade, a dor da perda do emprego é comparada a dor da perda de um ente querido ou de uma separação. Mas alguém tem que realizar essa desagradável tarefa – alguém tem que informar o profissional, e até mesmo formalizar a demissão. E essa responsabilidade cabe a seu gestor direto (seu chefe).

Nos casos de demissões por problemas com desempenho ou de relacionamento com colegas, fica bem mais fácil sujar as mãos se, após várias tentativas de correção, não se obteve êxito com melhora nos resultados ou nos relacionamentos. Neste caso, trata-se de lavar a alma com sangue. Pode parecer cruel da minha parte, mas em verdade a “morte” será boa até mesmo para a vítima (ninguém gosta de trabalhar em um lugar onde não se relacione bem ou onde não venha alcançando resultados).

Mas o problema acontece nos momentos de crise e reestruturação, pois, mesmo que o “assassino” culpe a crise ou o novo modelo de negócios, a vítima foi por ele escolhida. Mais ou menos assim: “Ok, entendo, é o momento que a empresa está passando, mas, por que eu e não ele?” Não adianta querer se isentar da responsabilidade.

Aja como um bom algoz, honrando a sua vítima. Como? A resposta está na cara. Basta seguirmos com essa analogia de “sangue e morte”: Julgamento, último desejo, extrema-unção, velório e ressureição. Explico:

Julgamento: seja claro e transparente a respeito dos motivos e das razões que o levaram a essa escolha. Explique sobre os procedimentos legais: datas, indenizações, tempo de assistência médica, apoio para recolocação.

 

Último desejo: Ouça com muito respeito. Deixe espaço para que o profissional possa expressar suas angústias, preocupações e sentimentos. Dê apoio emocional.

Extrema-unção: ajude a preparar a pessoa para “outra vida”. Mostre a ela que o mundo não acaba ali. Que há “vida” além dos vidros de sua “baia”. Ressalte todos os acertos que ela teve “nesta vida” (resultados, competências, responsabilidades). Demonstre o quanto tudo isso vai pesar “na hora do julgamento”.

Velório: reúna-se com sua equipe e comunique sobre o acontecido. Seja honesto, transparente e claro a respeito do que aconteceu. Peça para que todos ajudem na divulgação do perfil do profissional e na atenção às oportunidades relevantes de emprego.

Ressurreição: novo emprego! Vida nova!

Podemos até culpar a economia, a globalização, o concorrente, as inovações. Mas no fundo no fundo a culpa é mesmo do General – daqueles responsáveis por manter a empresa nos trilhos. Daqueles responsáveis por “ler” os cenários do econômicos e sentir o mercado.

Portanto, perdoe-se! Você fez o que tinha que ser feito. O General te colocou nessa posição, você só mirou e puxou o gatilho. A escolha não foi fácil – envolvia vidas, famílias, a empresa, sua equipe e até mesmo a sua vida.

“Matei porquê foi preciso. Matei para manter outros tantos vivos. Matei porquê vida é morte”.

Para os que foram

Semana passada meu artigo, “Para os que ficaram”, foi dedicado aos profissionais que “sobreviveram” às demissões.

Essa semana quero falar para aqueles que foram atingidos diretamente pela crise, pagando o preço com a demissão. Se em “Para os que ficaram” já ficou claro a quantidade de emoções e sentimentos envolvidos, o que dizer sobre os que foram desligados?

O primeiro ponto importante a ser considerado é o da autoestima. Em processos de reestruturação, com reduções drásticas no quadro de funcionários, profissionais competentes também são desligados.

“Em verdade, há muito tempo demissão já não é mais sinônimo de incompetência”.

Nos tempos atuais as principais causas de demissões são: crises, problemas de relacionamento, desalinhamento cultural e salário alto. Portanto, a autoestima não deve ser abalada, além do mais, esta será de grande importância no processo de transição.

A atualização do currículo deve ser a primeira atividade a ser realizada, na verdade este já deveria estar atualizado, é imprescindível manter o currículo atualizado no Linkedin e demais sites, e nunca é demais lembrar a importância de um currículo focado em resultados (1).

O próximo passo deve ser o de comunicar a sua rede sobre sua disponibilidade para novos desafios. É de bom tom avisar pessoalmente os mais próximos, ou pelo menos por telefone. A figura abaixo ajuda com a sugestão de um critério.

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A maior probabilidade de obtenção de resultado é através da network, portanto, esta deve ser abordada de maneira eficiente, ou seja, com muito critério, objetividade e respeito. Por exemplo, não é necessário “pedir emprego” diretamente para o amigo, pode-se simplesmente avisá-lo sobre sua disponibilidade para que, caso ele saiba de algo em sua rede avise-o ou apresente-o.

Mas não esqueçamos que: network deve ser construída (deve ser cultivada), portanto, antes de solicitar algo, pergunto: o que já fez por ela? Quem já ajudou e de que forma? Não se trata de cobrar retribuição (ou até mesmo de jogar na cara), mas sim de saber que é dando que se recebe.

Outra atividade a ser realizada é a busca por oportunidades anunciadas em sites – de emprego – assim como aplicações diretamente em sites das empresas. É muita pesquisa em Google! Procurar por concorrentes, clientes e fornecedores da empresa anterior pode ser positivo.

Na verdade não é tarefa fácil. Exige muita organização e disciplina. Como costumamos dizer: “Procurar trabalho é trabalho”. Encarar esse momento como um novo desafio, um novo cargo ajuda muito na preservação da autoestima e manutenção do “pique”.

E, já que estamos falando de trabalho, é importante manter-se aberto a todas as formas de atividade remunerada, como: bicos, consultorias, projetos pontuais, trabalho temporário. O que está em jogo aqui é o fluxo de caixa – qualquer entrada de receita é bem-vinda. E por falar em fluxo de caixa, não esqueçamos do controle rígido das despesas – envolver a família no planejamento das ações de contenção de gastos pode ser bastante produtivo.

Não é um momento fácil! É um grande desafio, mas, como toda provação, o melhor a fazer é aprender logo a lição. Tudo é passageiro, tudo é transitório. O que é preciso agora é: superação!

Pra vocês: muita paciência, perseverança e fé.

(1) para saber mais sobre currículo leia o artigo “O que mais importa em um currículo

Desejos para 2016

Nessa época as mensagens e textos contendo votos e desejos para 2016 se proliferam. Eu mesmo enviei muitas, e garanto: todas de coração!

Mas o meu principal desejo para 2016 é que tenhamos força, vontade, motivação para corporificar nossos votos – tanto os por nos mesmo desejados, quanto os recebidos.

Quando desejado Saúde: que em 2016 tenhamos motivação para praticarmos exercícios e paciência suficiente para realizarmos checkups e tratarmos daquelas pequenas “pendências” que temos conosco.

Quando desejado sucesso: que 2016 nos apresente muitos desafios e que possamos superá-los da melhor maneira possível – com muita paciência e sapiência.

Quando desejado dinheiro: quem em 2016 tenhamos muito trabalho! muitos projetos, muitos empregos, muitos contratos.

Quando desejado felicidade: que em 2016 percebamos cada pequeno momento de alegria, de emoção, de sentimento. Aproveitando de maneira positiva cada momento que a vida nos apresentar.

Quando desejado amor: que em 2016 possamos estar próximos às pessoas que mais nos importam, amando e sendo amado.

Que façamos a nossa parte para que os nossos desejos se realizem, afinal sorte = preparo + oportunidade.

Portanto, nos preparar é a parte que nos cabe nessa equação, sem descuidar, é claro, de nos colocarmos no lugar certo na hora certa – ficando assim melhor expostos às oportunidades.

Esses são os meus votos!

Retrospectiva de carreira 2015

2015 tomi lupe

Gostamos de ver a vida como uma sucessão de ciclos e estamos próximos de encerrarmos mais um, e que mais gosto desse momento é o convite, e a possibilidade de uma pausa revigorante, para reflexão – além das confraternizações, é claro.

Para muitos o final do ano é passível de descanso. Muitos órgãos públicos e empresas entram em recesso, diversos setores da economia entram em modo stand by. Meu setor, o de prestação de serviços na área de Recursos Humanos, é um desses. Quase nada acontece entre o Natal e a primeira segunda-feira do ano, permitindo que eu possa renovar minhas energias e, principalmente, refletir sobre o ano que passou e planejar o ano vindouro.

Se compartilha desse sentimento, convido-o a analisar seu ano de 2015 à luz dos tópicos abaixo:

Evolução Intelectual:

Como foi seu ano em relação ao desenvolvimento do intelecto?

  • cursos realizados;
  • diplomas conquistados;
  • livros lidos;
  • congressos frequentados;

Amadurecimento emocional:

Como considera o seu amadurecimento emocional?

  • Como estão seus relacionamentos? Tem buscado reconciliações? Evitado discussões improdutivas? Tem sido assertivo na exposição de argumentos? Como tem encarado críticas e opiniões contrárias às suas?
  • Como está sua empatia? Tem conseguido se colocar no lugar do outro? Tem agido com compreensão e respeito? Tem elogiado? Tem se preocupado com o próximo?

Reconhecimento:

Como obteve reconhecimento?

  • Aumento salarial, bônus, comissão, participação;
  • Aumento de responsabilidades: equipe, orçamento, unidades de negócio, gestão de produtos;
  • Prêmios, certificações, elogios;
  • Promoção;

Resultados:

Como considera os resultados alcançados? Abaixo, acima ou dentro das metas estabelecidas? Quão satisfeito está com eles?

Network:

Quanto você se dedicou ao cultivo de sua rede? Frequentou festas, eventos, reuniões? Atendeu à pedidos? Retornou mensagens e ligações? Foi cordial e solícito? Conheceu pessoas novas?

Experiências:

Que fez de diferente ou novo em 2015? Quão ampliada foi a sua experiência ao longo deste ano?

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Uma vez realizada a reflexão de sua retrospectiva, fica mais fácil estabelecer os objetivos e as estratégias para 2016.

De toda a reflexão que fizestes, quais os pontos dos quais se orgulhou? Quais os pontos que precisam ser melhorados? Quais aspectos de sua carreira devem ser trabalhados e de que forma?

Espero ter contribuído com esse momento de planejamento e faço votos de muito sucesso para sua carreira em 2016.

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Esse artigo foi inspirado em um dos nossos testes: balanço de carreira, o qual considero bastante abrangente e com grande potencial de reflexão. Ele está disponível em:
http://www.ricardoxavier.com.br/index.php?acao=teste&subacao=fazer&i=15

Experiências compartilhadas

Group of friends at the park

No último sábado (5 de dezembro de 2015) aconteceu o encontro de 15 anos dos formandos da turma XLVIII da Faculdade de Agronomia de Espírito Santo do Pinhal/SP. Conseguimos reunir aproximadamente 25 amigos com suas respectivas famílias.

Normalmente quando nos encontramos com pessoas que há muito não vemos ficamos um pouco desconfortáveis. Estabelece-se um clima estranho, que só é quebrado quando histórias dos tempos antigos são relembradas. Isso acontece devido ao fato de se passar 5 anos compartilhando intensas experiências, durante o andamento do curso e, depois, muitos anos distantes, sem qualquer forma de compartilhamento.

Mas não é o que aconteceu na nossa turma!

A nossa turma possui grupos no WhatsAapp e Facebook que permitem o compartilhamento de experiências, de modo que, mesmo após anos geograficamente distantes, muito se pôde acompanhar da vida de todos – casamentos, nascimentos, desafios profissionais, hobbies. De modo que, ao nos reencontrarmos, não havia nada de “estranho”.

Claro que houve encontros “independentes” entre alguns membros; estabeleceram-se algumas relações comerciais; casamentos e aniversários – o que contribuiu ainda mais para com a solidez das relações. Mas o que quero dizer é que as redes sociais contribuem em muito para o compartilhamento das experiências, de modo a participarmos – mesmo que virtualmente – da vida de todos.

Certa vez alguém me disse: “… mas o Facebook está uma porcaria ultimamente” e eu respondi: “O Facebook não pode ser uma porcaria, o que deve estar uma porcaria são as suas amizades”. Mas, como disse um dos nossos no grupo do WhatsApp: “Esses caras são 10!”.

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As pessoas que passaram pela minha vida, são aquelas que deixei de compartilhar vivências. Claro que tenho muito carinho por elas, mas hoje são apenas memórias. Mas aquelas que ainda partilho, mesmo que pequenos pedacinhos da minha vida com elas – mesmo que um tímido “like” no Facebook, habitam o meu presente.

Compartilhar experiências é partilhar sua vida. Partilhar sua vida com os amigos é contar e ouvir: amarguras e alegrias; desafios e superações; carências e bonanças.

É também apoiar e ser apoiado, ajudar e ser ajudado, emprestar e tomar emprestado. Existe um termo técnico para isso: Network. No entanto, tem um termo certo para isso: Amigos!

Você tem medo de envelhecer?

Senior woman wearing big sunglasses

Ser velho hoje em dia não parece ser boa coisa! Digo isso porque não me canso de ver as pessoas preocupadas em esconder a idade: fazem piadinhas ao mentirem sobre a idade ou ao dizerem que não “são de tal época”; ocultam a idade; investem recursos em produtos e tratamentos rejuvenescedores; e recorrem até mesmo às cirurgias na esperança de permanecerem eternamente jovens.

aurora

Parece que finalmente aprendemos com o erro de Aurora, que pediu a Zeus imortalidade para seu esposo Titono, esquecendo-se de pedir também pela juventude eterna. Hoje queremos longevidade acompanhada de jovialidade!

O mercado de trabalho também é cruel em relação à idade. Devido a grande velocidade do avanço tecnológico, passamos a crer que o jovem tem mais conhecimento do que o velho. É a crença de que “velho” se contrapõe ao moderno, é antiquado, obsoleto. Sem falar da disponibilidade do jovem em ganhar menos.

Preciso declarar que não compactuo desse movimento! Uma das coisas mais graciosas que conheço é a beleza da minha avó. Com seus mais de 92 anos ela conta com cabelos brancos, pele enrugada e dotada de manchas, corpo fraco e curvado. Talvez você não me compreenda, mas é a coisa mais fofa de se abraçar e beijar. Sua voz está fraca, difícil de ouvir, em compensação só se manifesta com palavras sábias ou aveludadas.

Com relação ao trabalho, entendo que os velhos tem mais paciência, mais sabedoria (não só conhecimento), são muito mais atenciosos e possuem maior habilidade no relacionamento interpessoal.

Foi-se o tempo em que o velho não mais aprendia, não mais estudava – somos da geração “eterno aprendiz”.

Se você se preocupa com a idade, tenho um conselho: trabalhe com consultoria ou abra o próprio negócio. Consultores e empresários são valorizados pela experiência e conhecimentos adquiridos, logo, quanto mais velhos na profissão, mais reconhecidos são. Lembrando que, para ser bom em sua área é preciso muita dedicação: estudo, prática e aprendizado – é preciso compreender todas as teorias, coloca-las em prática para ai sim aprender com os erros, consertos e acertos.

Finalizo com uma última recomendação: para evitar a obsolescência pratique a mentoria reversa, ou seja, adote um jovem para ser seu mentor, principalmente em relação à tecnologia: softwares, aplicativos, gadgets, mídias sociais, futurologia. O problema não está em envelhecer, mas sim em perder a curiosidade de criança.