Depois de mais de 40 anos assessorando profissionais no desenvolvimento de suas carreiras, selecionamos os 4 erros mais perigosos que um profissional pode cometer.
Arrogância
Da nossa lista, esse é o erro mais recorrente. O problema do arrogante é que ele toma para si todo o mérito do sucesso, minando com o espírito de equipe. É impossível creditar qualquer sucesso à um individuo. Os ingredientes do sucesso são diversos e suas combinações infinitas (mercado, produto, equipe). Por mais que o gestor seja o responsável pela receita, é a qualidade dos ingredientes e as mãos do cozinheiro e seus assistentes, que fazem a mágica acontecer.
Outro problema grave gerado pela arrogância é a incapacidade de aprendizado, afinal, quem já sabe tudo não tem mais nada para aprender, não é mesmo?!
Ambição desmedida
Passar por cima dos outros, pisar no outro para subir ou querer tudo para si nunca foi um comportamento apreciado, mas hoje isso é inaceitável, afinal, o trabalho em equipe nunca foi tão importante como nos tempos atuais.
A ambição em pequenas doses é um bom movente do comportamento humano. É preciso um mínimo de “querer” que nos faça crescer para não incorrer no 3º erro da nossa lista:
Zona de conforto
Encontrar remanso é o que buscamos – e devemos mesmo buscar. O problema é saber o ponto em que extrapolamos o conforto necessário à nossa existência ou a paz tão procurada e deixamos de atentar para as mudanças e seus novos desafios.
O problema é estagnar. Muitos me perguntam se é ruim ficar muito tempo em um mesmo cargo. A resposta é: depende. Podemos ficar uma vida toda em um mesmo cargo, desde que a complexidade, a responsabilidade ou os desafios venham aumentando ao longo do tempo. Um gerente comercial, por exemplo, pode ser gerente comercial de uma mesma empresa por mais de 20 anos, desde que seu volume de vendas ou o tamanho de sua equipe ou a carteira de produtos ou a carteira de clientes, enfim, venha aumentando com o passar dos anos.
Para não cair na armadilha da zona de conforto é recomendada uma avaliação periódica da sua evolução (intelectual, cultural, profissional, social). Temos um questionário muito interessante que pode ajudar a quem deseja refletir sobre o tema.
Instabilidade
Ficar pulando de empresa para empresa é um erro que acaba por manchar o currículo. O raciocínio do selecionar é bastante simples e objetivo: “esse profissional ou ainda não se encontrou ou é incompetente ou é causador de problemas”. No caso da incompetência é necessário buscar aprender (estudar, treinar e mudar comportamentos), no caso de ser um causador de problemas, é necessário refletir se não está cometendo os erros da arrogância, ambição desmedida ou as causas de problemas de relacionamento.
Se o caso for o de ainda não ter se encontrado, então é necessário muita autorreflexão para compreender suas preferências, dons, talentos, defeitos – para ser mais assertivo com o próximo emprego.
Existem também os aventureiros. Aqueles movidos a desafios, a adrenalina, ou de interesses diversos. Para esses um trabalho na área de consultoria, pesquisa, ou docência pode proporcionar altos desafios e grande diversidade de assuntos.
Conclusão
A receita mais prática que podemos dar é:
- Cuidado com os excessos. Nossos defeitos nada mais são do que o uso excessivo de nossas qualidades.
- Tenha um mentor. É sempre bom poder contar com pessoas que estão níveis acima para nos orientar ou pelo menos compartilhar sua visão da situação. Algo como um mestre, um coach, um consultor, um pai, um irmão.