Memória e sucesso profissional

Qual o papel da memória para a carreira profissional? Seria correto afirmar que quem tem boa memória é melhor profissional? É mais bem sucedido?

Vejo uma relação direta entre a memória e competências. Por exemplo, na competência em negociação, é necessário usar a memória para trazer as informações pertinentes, como preço da concorrência, momento de mercado, momento da empresa. Quando se está em negociação é necessário manusear uma quantidade de informações, muitas das quais disponíveis apenas na memória – afinal nem sempre é possível consultar planilhas, internet, chefia.

Outro exemplo é o da competência em liderança. O líder deve lembrar-se dos comportamentos assertivos e negativos de sua equipe para usá-los na hora do feedback, reunião de avaliação, na delegação de uma tarefa ou responsabilidade. Deve ter em mente os anseios de seus liderados, as promessas proferidas, os compromissos assumidos.

Agora, o que mais relaciono com a memória é o conhecimento. O conhecimento é gerado quando mobilizamos dados e informações; quando usamos da experimentação, da observação para compreendermos fenômenos, sistemas, situações ou qualquer coisa que se tenha como objeto de nossa curiosidade, transformando-os em crenças, em verdades, gerando conclusões, princípios, relações causais.

No dicionário eletrônico Houaiss, temos duas definições interessantes para a palavra conhecimento: 1) Sob a rubrica filosofia: ato ou faculdade do pensamento que permite a apreensão de um objeto, por meio de mecanismos cognitivos diversos e combináveis, como a intuição, a contemplação, a classificação, a analogia, a experimentação etc.; 2) somatório do que se conhece; conjunto das informações e princípios armazenados pela humanidade.

Considero interessante por mencionarem a importância da memória no processo de “produção” do conhecimento, afinal temos que registrar as experiências e as observações, para depois fazer combinações, classificações e analogias e por fim, “armazená-las”.

Desse modo, já temos uma boa resposta para a pergunta proposta: a memória é importante para a aquisição e criação de conhecimento e para o desenvolvimento de competências diversas. Mas ainda não podemos afirmar que quanto maior a memória de um indivíduo, maior é o seu sucesso profissional. Portanto, gostaria de convidá-lo para ir um pouquinho além.

Podemos pensar sobre como seria o mundo se não houvesse memória. Com certeza não teríamos obtido nenhum avanço tecnológico. Acho que sequer teríamos inventado a roda, afinal só seguiríamos nossos instintos animais empurrando, arrastando ou carregando os objetos – a descoberta de qualquer técnica que facilitasse deslocamento de objetos, como um suculento pernil de mamute, seria facilmente esquecida e, como consequência, impossível de transmiti-la aos nossos pares ou descendentes.

Na verdade, esse é nosso grande diferencial em relação aos demais animais – justamente a memória. Foi ela que possibilitou que cada geração não precisasse passar novamente por tudo que a geração anterior passou. Eles podiam “partir” do ponto em que seus antepassados pararam. Para um filhote de cachorro, por exemplo, ele tem que aprender “novamente” tudo que sua mãe aprendeu – salvo as “memórias” já impregnadas em seus instintos. Aliás, será que podemos equiparar os instintos com a memória?

Ainda assim me sinto “preso” a importância da memória como processo de produção, transmissão e geração de conhecimento, talvez porque a palavra memória, oriunda do latim, signifique (Memor) “aquele que se lembra”, que por sua vez provem de uma raiz indo-européia Men “pensar”. Logo, para lembrar-se de algo é preciso pensar. E o pensamento ocorre onde? No cérebro. E o conhecimento ocorre onde? No cérebro, lugar de origem em que ele é produzido e “armazenado”. Correto? Sim, mas será que não podemos “armazenar” conhecimento ou informações em outro lugar?

Pensando em armazenar conhecimento na memória, trago à pauta um verbo: “decorar”. Quando decoramos guardamos na memória. Acontece que decorar vem do latim cor “coração”. Assim como recordar: “lembrar-se, trazer a mente”. Portanto, decorar é guardar no coração – não necessariamente na cabeça; e recordar é trazer do coração. E é aqui que eu queria chegar. Nossa melhor memória é aquela que fica no coração. Lá o espaço é infinito. O que guardamos lá nunca mais esquecemos – é eterno!

Agora posso afirmar que um profissional com boa memória é um profissional bem mais sucedido, é um profissional melhor.

Pão e circo: é carnaval!

Proporcionar “Pão e Circo” é receita antiga para aqueles que querem se manter no poder! “Panem et circenses”, no original em Latim – “teve origem na obra – “Sátira” do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento” (Emerson Santiago).

Meu Deus! Ele disse 100 d.C.? Romanos? Sei não viu, isso está parecendo muito atual e adequado ao nosso país. Não?

Acontece que minha área não é a política e este não é o forvm mais adequado para discuti-la: quero mesmo é ficar com o Panem. Como puderam deixar faltar pão?

Claro que a questão da geração de emprego está diretamente ligada à política. Os gestores dessa grande empresa chamada Brasil têm de cuidar para melhor posicioná-la frente aos desafios econômicos mundiais. Eles têm a responsabilidade de aplicar o dinheiro das taxas e impostos em infraestrutura e tecnologias competitivas, em leis que favoreçam o florescimento das empresas e o giro da economia, e devem cuidar para que os direitos e deveres sejam respeitados.

Mas o principal objetivo deste artigo é chamar a atenção para a nossa responsabilidade nisso tudo. O termo “pão e circo” é uma crítica ao povo e não aos políticos! Era o povo que não queria tratar de política e que só pensava em diversão – os políticos só fizeram atender aos anseios da população. O povo pediu por arenas (up dating: estádios!), festas, teatros!

Mas agora vivemos um momento muito interessante: o mundo parece estar bipartido, entre esquerda e direita. Alguns veem com desânimo ou até mesmo pessimismo, mas eu vejo com otimismo: primeiro porquê parece que mais pessoas estão se preocupando e se posicionando em relação a assuntos políticos/sociais – me parece que o povo agora pede por hospitais, escolas, centros de pesquisa …; e segundo por que tudo indica que um novo modelo está sendo gestado (se ainda não está precisamos então fecunda-lo).

O problema é que: fecundação, gestão e, principalmente o parto, exige muito esforço, dor, desconforto. É aí que entra o Circo!

A festa do carnaval, como conhecemos hoje, é resultado de uma evolução de mais de 3 mil anos, e sua principal razão de ser reside na catarse, ou seja, no poder de expurgar tudo aquilo que está reprimido no nosso consciente e inconsciente, para então renovar forças e seguir “dentro da linha” – respeitando os direitos e deveres que a sociedade nos exige.

Por isso, brincarei bastante o carnaval para depois arregaçar as mangas e dar o meu melhor – no trabalho e na política!

Fontes consultadas:

Emerson Santiago: http://www.infoescola.com/historia/politica-do-pao-e-circo/ – Acessado em fev/2017.

Tales Pinto: http://brasilescola.uol.com.br/carnaval/historia-do-carnaval.htm – Acessado em fev/2017.

Com quem você quer transar em 2017?

Recomendo a leitura do último artigo (Com quem você transou em 2016?), onde tratamos das nossas transas de 2016 e sobre o significado de “transa” por mim empregado.

Recapitulando:

“[…] o verbo “transar” traz consigo outros significados, diferentes daqueles relacionados as trocas de carícias íntimas”.

“[…] faço uso do verbo “transar” no sentido de: 1. negociar ou fazer operação comercial com; transacionar. 2. chegar a um acordo a respeito de; ajustar, combinar. 3. conseguir, arrumar, arranjar; […] 4. gostar de, deleitar-se com, apreciar”.

A ideia do artigo era elaborar uma lista das pessoas que mais tiveram importância no último ano em sua vida, refletindo sobre o tipo de relacionamento e as mutuas expectativas.

A ideia agora é analisar com quem, e como, queremos nos relacionar nos próximos 12 meses:

Para estruturar um plano é preciso saber aonde se quer chegar exatamente, afinal: para quem não sabe onde ir qualquer caminho serve; ou: se você não saber para qual porto está navegando, nenhum vento é favorável. Logo, o primeiro passo é definir suas metas.

Sempre incentivo as pessoas a “desenharem” metas em 3 perspectivas:

– Desempenho;

– Aprendizado;

– Relacionamentos;

A tabela abaixo pode facilitar a reflexão, elaboração e visualização das metas.

tabela-transa-2

 

Essas 3 perspectivas se relacionam entre si – por exemplo: para eu alcançar determinado desempenho, preciso aprender algo novo e/ou me relacionar de maneira mais eficiente com as pessoas envolvidas.

Uma vez estabelecida a meta, fica mais fácil visualizar as pessoas que mais importam (impactam) na meta, e uma vez identificadas essas pessoas, passamos então a refletir sobre como podemos aprimorar nosso relacionamento com elas, ou seja, como podemos transar bem gostoso com elas. O convite agora é para refletir sobre quais ações podemos tomar para aprimorar nossa relação com essas pessoas.

tabela-transa-3

 

Quando tratamos planos de ações em relação às pessoas (ou rede de relacionamentos), podemos nos sentir oportunistas, aproveitadores, manipuladores – mas aqui vai minha ressalva: não se preocupe com isso. Ninguém transa com ninguém sem ter vontade – o contrário disso é estupro. O ideal aqui seria alcançar o sentido de “transar” descrito no item 4 (gostar de, deleitar-se com, apreciar), mas como no mundo dos negócios não tem muito espaço para amores e romances que fiquemos então com os sentidos 1, 2 e 3 (negociar, transacionar, acordar, combinar, arranjar).

Espero que estas reflexões contribuam deveras com seu desenvolvimento.

Boas transas!

Suas metas para 2017

Eis que chega a hora do balanço! Mesmo aqueles que avaliam suas vidas em períodos mais curtos, também realizam suas avaliações nesta época do ano. Não tem jeito, é cultural.

O final de ano – aquele momento em que todos tiram o pé do acelerador; quando o judiciário entra em recesso, junto com nossos bandidos profissionais (sim, aqueles do congresso) – nos convida a fazer uma retrospectiva dos últimos 12 meses a fim de desfrutarmos das conquistas, aprendermos com as derrotas e, por fim, estabelecermos novas metas.

Estou muito contente, pois consegui cumprir com uma meta muito especial para mim: escrever (e publicar nas redes) um artigo semanal – foram exatos 52 artigos, não falhou uma sexta-feira se quer. Sempre que abro a minha página de publicações, sinto orgulho em ver minha obra.

Alcançar uma meta dá uma sensação muito boa: empoderamento, realização, sentimento de dever cumprido. Agora posso almejar novos patamares, inclusive, quero aproveitar para registrar que, uma das metas para 2017 será: escrever (e publicar) um livro.

Edwin Lock, no século passado já escreveu sua teoria “Goal Setting & Task Performance” – Teoria do Estabelecimento de Metas -, não nos deixando dúvidas quanto a energia que uma meta importante e desafiadora pode nos conferir; e por aqui, no nosso país tropical, nosso querido Neil Hamilton Negrelli Jr. nos ensinou a regra de ouro: alcance uma meta e faça-se feliz!

Mas é importante lembrar que uma boa meta tem que ser S.M.A.R.T.:

smart

Portanto, meus queridos leitores, agradeço vocês pela audiência, likes, compartilhamentos e comentários; e convido-os a pensar sobre suas metas de: desempenho, aprendizagem e de relacionamentos para 2017.