Carta ao amigo controlador

Querido(a) amigo(a),

Já faz algum tempo que ando preocupado com você. Percebo que tens atingido um nível de estresse muito elevado – percebe-se pelos reflexos em seu corpo: certo envelhecimento, mas principalmente pelas suas alterações no peso.

Não quero que entenda como uma crítica, principalmente negativa, mas sim que perceba minha intenção: seu bem-estar. São apenas minhas observações, quem sabe equivocadas, quem sabe enviesada, mas se falo é porquê acredito, não é mesmo? Não colocaria nossa relação em risco se não me importasse muito com você.

Gostaria que você pensasse um pouco sobre sua necessidade de controlar as coisas: eventos e pessoas. Na verdade, isso é belo, louvável. Você é muito competente em tudo que faz. Isso é uma grande qualidade – planeja e executa como poucos. É muita atenção, dedicação e cuidado.

O problema é que nem tudo pode ser controlado. Tem coisas que apenas são como são, tem coisas, inclusive, que precisam ser como são. E quando diante de uma dessas situações, é demais sua aflição!

Perceba mais uma grande qualidade sua, sua necessidade de controle é altruísta: você se intromete na vida dos outros simplesmente por querer bem. Isso é amor. A questão é que a invasão em excesso pode sufocar, ao invés de libertar. Pode inibir o aprendizado e desenvolvimento das pessoas. Sem falar que nem sempre suas estratégias e soluções são as melhores – claro que sua experiência e dedicação provocam muito mais acertos do que enganos, mas lembre-se de que também se aprende com enganos.

Impor opinião, definir os passos de locomoção – acreditar que o seu jeito é o jeito certo – pode não ser de bom tom – as coisas mudam, as pessoas são diferentes: as possibilidades são infinitas. Você acredita que nem sempre errar é um problema? Há quem diga que Cabral só descobriu o Brasil porquê errou! Na ciência e nas inovações tecnológicas encontramos vários exemplos desse tipo de equação. Já ouviu falar em Design Thinking? É uma metodologia utilizada para o desenvolvimento de produtos ou de negócios, cuja filosofia é baseada, dentre outras coisas, no seguinte: erre o quanto antes! quanto mais cedo errar, mais barato vai custar.

As pessoas seguem por diversos caminhos – sejam eles tortos, curtos, iluminados, escuros, pavimentados, pouco trilhados – pouco importa: o que importa mesmo é como apreciamos a jornada.

Seu afastamento me faz crer que: quanto menos pessoas se relacionar, menos preocupações terá – são vidas a menos para controlar, lê-se: se preocupar, aconselhar, indicar, obrigar, criticar. Às vezes tenho até a impressão de que para você “estar com uma pessoa” significa “estar com os problemas dessa pessoa”.

Você cumpriu com louvor várias missões, onde essa sua competência foi fator decisivo. Continue com atenção. só cuide para não cruzar a linha – cuide apenas daquilo que mais importa – daquilo que tens por obrigação.

O mundo é bastante imperfeito, não tentemos concertá-lo! Vamos ter fé na humanidade – que avança, ante erros e acertos. Tenhamos fé nas pessoas, que evoluem aos poucos e na medida em que enfrentam seus problemas. Tenhamos fé em um futuro melhor.

Lidando com os boatos nas organizações

Sempre tive certa fascinação pelos boatos. É curioso observar a velocidade com que ele circula e deleitante recebê-lo em seus ouvidos, isso porquê os boatos circulam apenas entre aqueles que são dignos de confiança. Exatamente! Ouvir um boato, assim como propagá-lo, gera senso de pertencimento.

Sua velocidade está diretamente ligada à eficiência da rádio-peão, ou rádio-corredor, como também é conhecida. É a famosa comunicação de boca em boca, que costuma ser muito mais eficiente do que os avisos, informes e comunicados – das mais diversas mídias, como: intranet, murais, memorandos, e-mails. E aqui reside outra fonte do meu fascínio: o boato é orgânico – ele é formado naturalmente a medida em que circula estimulando ouvidos, provocando línguas e abrindo bocas.

Em sua origem, do Latim boatus, “mugido, grito”, de bos, “boi”, o boato assume um significado de notícia propagada, gritada aos 4 cantos – hoje, em sua forma mais potente: viralizada! Até este ponto da história o boato estava imaculado, ou seja, não se tratava de mentiras, maledicências ou fontes obscuras ou informais – quando muito: notícia sem importância. Mas hoje o boato assume um significado de notícia fantasiosa, infundada, informal.

É importante diferenciarmos algumas coisas:

Boato x fofoca

Fofoca: normalmente trata de pessoas, enquanto que os boatos tratam de notícias, eventos, acontecimentos. A fofoca costuma carregar consigo uma boa dose de maldade, já o boato dificilmente o faz, afinal, como já dito ele é orgânico, logo, só terá maldade se esta for a vontade do “grupo-fundador” – é também possível “plantar” um boato, neste caso, passível de maldade ou obtenção de vantagens. Desse modo, são raros os boatos que se tratam de fofocas, já a maioria das fofocas tratam-se de boatos. A fofoca dificilmente trata de mentiras, quando muito: enganos ou exageros – mas em sua maioria é apenas o deleite para com a desgraça, graça ou estupidez alheia[1].

Boato x mentira

Mentira: a mentira é algo totalmente intencional! É faltar com a verdade. Com toda certeza carrega consigo a maldade, omissão, dissimulação ou vantagens. Já o boato nunca se preocupa com a veracidade da informação. Sua maior preocupação parece estar na velocidade da divulgação – pouco importa se o que estou transmitindo é verdade ou mentira, estou apenas “vendendo o peixe pelo preço que comprei”, não é assim que dizem?

É nesse ponto que entra a importância do assunto para o contexto organizacional: ao lidar com um boato pouco importa se é este é mentira ou fofoca, o que mais importa é o impacto que causa no comportamento das pessoas.

Vejamos alguns exemplos:

Boato + mentira:

Se um boato é também uma mentira, as pessoas passarão a se comportar como se a mentira fosse verdade – algo bastante danoso, não é mesmo? Por exemplo: um boato sobre a substituição de um diretor pode alterar significativamente a dinâmica da arena política da organização. Alguns funcionários se sentirão inseguros em relação ao novo diretor, outros começarão a “mostrar mais serviço”, outros atualizarão o currículo … mas o mais curioso deste tipo de situação é que está é a mais fácil de resolver: basta apenas comunicar formalmente e de forma eficiente a verdade. Fazendo assim, o boato simplesmente desaparece!

Boato + mentira + fofoca

Assim como no caso anterior a “cura” é bastante simples e, se adotada de maneira eficaz, extingue o mal pela raiz. A questão passa ser a velocidade com que o boato é desfeito. E isso envolve não só a velocidade com que se realiza a comunicação da verdade, mas principalmente a velocidade com que se descobre a existência do boato. E aqui vai o alerta: quanto maior o nível hierárquico, pior a sintonia da rádio-peão! Por isso que gosto de fazer passeios pelos cafés e corredores das empresas, lá não só a sintonia é melhor, como também o volume.

Boato

Agora vêm os casos mais difíceis, quando boato se apresenta em sua forma mais genuína, qual seja: tratando-se da verdade antecipada por colegas mais influentes que proporcionaram alguns vazamentos (seletivos ou não; intencionais ou não – muitas vezes o comportamento dos diretores indica claramente o que está acontecendo). Por exemplo: a alta direção da empresa resolveu abandonar determinado segmento (ou produto) do mercado. Com isso, algumas pessoas e alguns departamentos deixarão de ter funcionalidade, logo, transferências e demissões serão feitas. Algumas pistas são facilmente decifradas pelos demais funcionários, como: corte de verba, demora na resposta de e-mails, redução da quantidade de reuniões, enfim, as pessoas envolvidas neste segmento (ou produto) conseguem perceber com facilidade as mensagens subliminares.

O problema é que enquanto não se extirpa o boato, comunicando de uma vez por todas o que está acontecendo e como será feita a transição, o medo e a insegurança tomam conta do clima da organização – pessoas não diretamente afetadas pela situação poderão se preocupar mais do que o necessário e até algumas pessoas diretamente impactadas poderão ser pegas de surpresa! O fato é que, com toda a certeza a produtividade (mesmo em áreas pouco impactadas) cairá.

Solução? Mais uma vez: dizer logo a verdade! O ponto principal passa a ser a velocidade da estruturação e implementação das ações da mudança, de modo a poder comunicá-las o mais rápido e com a maior transparência possível.

Boato + fofoca

Sempre guardo o melhor para o final. Imaginemos agora uma situação onde o boato é também uma fofoca e ainda por cima trata-se de verdade. Um exemplo levemente frequente: dois colegas de trabalho estão tendo um caso, sendo que um deles é casado. Essa situação se agrava ainda mais se houver relação de subordinação entre eles. De qualquer forma, em ambos os casos os possíveis danos são previsíveis: desrespeito, insinuações, piadinhas, insubordinações – com consequente influência no clima, processos de trabalho e na produtividade.

E agora, como proceder neste caso? Só tem uma maneira: dizer a verdade! O ponto principal nesse tipo de situação é que a verdade, teoricamente, não pode ser dita, correto? Sim, mas não há alternativa: assume-se logo o relacionamento ou convive-se com o boato enquanto o relacionamento durar.

Essa é uma situação bastante espinhosa e que costuma acabar em demissão e/ou divórcio. A organização não pode permitir que os efeitos danosos deste boato se instalem e, como a empresa não deve interferir em assuntos de relacionamentos pessoais, muitas vezes a demissão é a solução para o caso.

Claro que a situação ficaria mais branda se neste exemplo nenhum dos dois fosse casado, pois aí caberia apenas avaliar os impactos do relacionamento nos processos de trabalho e desempenho da equipe, mas essa nova hipotética situação teria muito menos chance de se tornar um significativo boato! Por isso preferi apimentar o exemplo.

Conclusão

A melhor maneira de se enfrentar um boato é simplesmente dizer logo a verdade! Se o boato estiver fundamentado em uma mentira, só a rápida apresentação da verdade poderá extingui-lo. Se estiver fundamentado na verdade, a questão é: por que a formalização da verdade ainda não foi feita? Muito provavelmente por estratégia da alta direção da empresa – normalmente porque a empresa ainda não está devidamente preparada para enfrentar os impactos do “evento” nos funcionários, mercado, concorrentes ou clientes. Neste é preciso avaliar qual o menor custo: antecipar a verdade ou conviver com o boato – de qualquer modo, apressar o planejamento e execução de ações de reparo (ou mesmo preparo) dos impactos do “evento” é a ordem do dia.

[1] Para saber mais sobre fofoca nas organizações leia: Fofoca: veneno que circula nas organizações

Você já jogou Business Bingo?

Quem me conhece mais de perto sabe o quanto gosto de usar o humor para aprender, discutir, construir e transmitir conhecimento. Sabe também o quão critico costumo ser com o funcionamento do “mundo organizacional”. Claro que não devemos generalizar – existem empresas e gestores excelentes -, a questão é que quando nos deparamos aquelas disfuncionais é melhor rir do que chorar.

Se você trabalha em uma empresa dessas não deixe de ler atentamente a este artigo, que apresenta a solução para suportar as improdutivas reuniões e ainda por cima galgar altas posições hierárquicas: o business bingo!

Existem duas versões do jogo, vejamos:

1 – Cada participante escolhe uma cartela que contem palavras-chave – frequentemente utilizadas no mundo corporativo:

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A medida em que as palavras vão sendo ditas durante a reunião, o participante vai marcando em sua cartela e o primeiro que completá-la ganha: Bingo!

2 – Imprima a tabela abaixo e leve para reunião. Veja como você pode montar lindas frases de impacto combinando qualquer uma das linhas: leia da esquerda para direita (coluna A para coluna D) e alterne aleatoriamente as linhas. Perceba como soam bonitas as frases. Com toda certeza você fará grande sucesso na reunião.

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É impressionante a quantidade de empresas e de profissionais que praticam esses eloquentes discursos que, quanto tentamos traduzi-los, logo percebemos que pouco ou nada nos dizem.

Como já disse antes: são muitos relatórios, gráficos, planilhas, PowerPoints, jargões – mas o que importa mesmo é o que fazemos com essas informações: quais ações, quais medidas tomamos: muitas vezes o menos vale mais!

Conversas sobre carreira e desenvolvimento

Nesta semana assessorei um profissional na sua candidatura à um recrutamento interno – uma nova posição gerencial que abriu em sua companhia. Foi um trabalho bem interessante: estava diante de um bom profissional, montamos uma boa estratégia de apresentação e ainda me inspirou a escrever este artigo.

O fato é que achei interessante reforçar a importância das conversas sobre carreira, principalmente com aqueles que possuem maior poder de influência sobre ela, por exemplo: chefe, cônjuge, pais, professores, empreendedores e especialistas em carreira.

#1Dica: mapeie as pessoas mais influentes em sua rede.

Cada uma dessas pessoas desempenham um papel diferente em nossas vidas, portanto, a conversa deve ser distinta uma das outras, isso porquê: o 1) grau de intimidade, liberdade, dependência, concorrência; 2) interesses, divergências e congruências com seus objetivos – variam de acordo com cada papel.

Todas as pessoas são importantes, cada qual em um aspecto: um pai quererá apenas o seu melhor, mas baseará a conversa segundo suas experiências; o cônjuge poderá se preocupar com a segurança e estabilidade da família; o chefe carregará consigo seus interesses e os da organização, porém é quem fornece maior influência.

#2Dica: prepare-se para cada conversa.

Portanto, reflita sobre os interesses e poder de influência de cada conselheiro e defina seu objetivo para a conversa sobre carreira.

A primeira coisa que pergunto quando um profissional almeja outro cargo dentro da sua organização é: Seu chefe está sabendo? Primeiro: se ele estiver apoiando, suas chances serão absurdamente maiores: não há nada melhor do que o endosso do chefe imediato; segundo: é sinal de que vocês têm uma boa relação e que conversam sobre carreira.

#3Dica: se você é gestor, provoque conversas sobre carreira com sua equipe.

É obrigação do chefe manter conversas sobre carreira com seus subordinados. As empresas buscam muito o engajamento – querem profissionais profundamente envolvidos, comprometidos, felizes e produtivos – enquanto os meus objetivos de carreira e de vida forem congruentes com os objetivos da organização em que trabalho, seguirei engajado, portanto, é obrigação do gestor procurar atender (o máximo possível – afinal não é fácil!) a este alinhamento.

#3bDica: se você tem um gestor, provoque conversas sobre carreira com seus superiores.

O contrário também é verdadeiro, ou seja, todo profissional deve procurar se informar sobre o seu desempenho e desenvolvimento, consultando sua chefia ou mesmos outros membros da diretoria, e sobre suas possibilidades e caminhos para sua ascensão.

Peço permissão para terminar este artigo “puxando a sardinha para o meu lado”, aproveitando para reforçar que, aconselhar-se com um especialista em carreira traz basicamente duas grandes vantagens: 1) Isenção total de interesses – o único interesse de um consultor de carreira é o sucesso do seu cliente, afinal, o seu sucesso é o meu sucesso; 2) Vasta experiência – um consultor de carreira carrega consigo não só suas próprias experiências, como também a experiência acumulada de seus clientes: é isso que eu mais amo na minha profissão: a possibilidade de aprender com a grande variedade de experiências dos grandes profissionais que atendo. Portanto:

#4Dica: consulte um especialista em carreira.

Sua empresa saiu no Porta dos Fundos? Episódio 7 (Final) – Inteligência Emocional

Enfim chegamos ao nosso último artigo desta série. Quem não leu (e assistiu) os outros pode acessá-los através dos links no final deste artigo.

Guardei para o último um tema que considero de extrema importância: Inteligência Emocional!

Durante muitos anos as emoções foram deixadas do lado de fora das organizações, enquanto a lógica e a razão eram muito valorizadas. Claro que lógica e razão são modelos mentais fundamentais para o mundo dos negócios: onde somente os mais fortes sobrevivem; mas o que acontece é que as empresas perceberam que é a emoção que move as pessoas.

A criação de valor para as organizações está cada vez mais relacionada ao conhecimento, a criação (inovação) e ao atendimento (prestação de serviços), deste modo, um ser-humano pensante e virtuoso passou a ser condição chave para mais valia.

O profissional hoje tem de saber lidar com: frustrações, jogo político (disputa de poder), idiossincrasias, alta competitividade e até mesmo com o sucesso (evitando os perigos da ambição desmedida, da arrogância e da prepotência). Ufa! Muita coisa, não?

Mas vamos aos vídeos:

O Porta do Fundos fez um vídeo ironizando o “sistema” de atendimento do Spoleto. Neste vídeo podemos ver um atendente completamente impaciente, mais especificamente intolerante.

Bem, esse vídeo não pegou muito bem para o Spoleto, no entanto, eles conseguiram dar a volta por cima. Não sei exatamente de quem partiu a iniciativa e nem as razões que os motivaram a fazer um segundo vídeo, que funcionou como uma retratação, revertendo assim a sua imagem.

Mas o mais importante acontece em relação ao nosso tema: Inteligência Emocional. O vídeo mostra claramente a necessidade e a dificuldade de controlarmos nossos impulsos.

Inteligência emocional, segundo Daniel Goleman é a gestão dos relacionamentos para causar impacto positivo nas pessoas. E para se gerir os relacionamentos são necessários: autoconsciência (ou autoconhecimento), autogestão (ou autocontrole) e consciência social (empatia) –  coisas que claramente a personagem não possuía!

Com este artigo me despeço dessa série – a menos que identifique outros novos vídeos com algum fundo de aprendizado profissional/organizacional.

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Sua empresa saiu no Porta dos Fundos? Episódio 4 – Comunicação

A comunicação é algo automático. Logo que nascemos já começamos a fazer uso dela e seguimos pela vida usando-a a todo momento. Nos comunicamos falando, escrevendo, gesticulando, olhando. Estamos tão habituados a nos comunicar que nem percebemos a complexidade envolvida na comunicação. Só nos damos conta quando um mal-entendido acontece.

Criei este quadro para sintetizar os principais componentes da comunicação.

Comunicação

Tudo começa com uma fonte emissora, ou seja, com aquele que tem a intenção de transmitir uma mensagem, e termina naquele que recebeu esta mensagem (o receptor). Só haverá êxito se o significado gerado no receptor foi o mesmo que o emissor intentou, do contrário, a comunicação foi falha.

O grande problema é que para a transmitir uma mensagem é preciso antes codifica-la. Normalmente usamos as letras do alfabeto, combinando-as em palavras do idioma português – seja escrita ou oral. Mas essa codificação também pode se dar em outros idiomas, em hieróglifos, sinais, emoticons. Adoro os emoticons! O que seria de nossa comunicação no Face, no Whats se não fossem os emoticons ou os emojis? A língua é viva, e os emoticons são a prova disso!

Tem uma brincadeirinha bem legal na internet que retrata bem a questão de decodificação.

desafio vc a ler

No começo é difícil, a primeira palavra é impossível! mas, assim que compreendemos a regra da codificação, conseguimos decodificar quase que instantaneamente o restante do texto.

Após a codificação a mensagem tem condições de ser difundida através de alguns canais: voz, textos, desenhos, gestos. E assim o receptor poderá decodifica-la, gerando assim algum significado – exatamente como aconteceu na brincadeira acima.

E por falar em brincadeira, vamos então aos vídeos de Porta dos Fundos:

  1. Palavra da Salvação

Este vídeo deixa bem claro a importância do código usado na transmissão da mensagem. Se o emissor usar um código pouco conhecido pelo receptor, com certeza a mensagem chegará, no mínimo distorcida – e as vezes totalmente incompreendida.

De que é a responsabilidade sobre a comunicação? Do emissor? Do receptor? De ambos? Na minha opinião a responsabilidade é total do emissor, afinal é deste que parte a intenção.

Portanto, devemos estudar a fundo o nosso receptor: nível cultural, intelectual, idioma, gírias, faixa etária. Tudo que for necessário para se fazer entender.

  1. Mundo dos negócios

Este vídeo é muito interessante, não só pela questão da comunicação, como também pelo reflexo da nossa atuação no mundo organizacional. O chefe fala, fala, fala mas o subordinado não consegue entender. Ele se esforça, tenta realmente compreender, faz perguntas – mas se frustra. Só que a parte que coloca em risco seu emprego ele entende logo de cara: compreende facilmente que “o Ricardo do marketing falou” alguma coisa. Assim, de maneira bastante ardilosa, ele consegue reverter todo o cenário. E ao final, é ele quem admoesta o Ricardo.

 

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Espero que tenha gostado! Se não leu os outros 3 artigos da série, logo abaixo tem os links. No próximo mês explorarei o tema “Demissão”.

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Sua empresa está no Porta dos Fundos? Episódio 1- Surrealismo

Sua empresa está no Porta dos Fundos? Episódio 2 – Entrevistas

Sua empresa está no Porta dos Fundos? Episódio 3 – Profissionalismo